domingo

mistos frívolos


Eu queria muito além do seu umbigo

sorriso.
vestido démodé e um beijo sem fim seus dedos anelares neuroses impares e 


dançar sem som ao luar catártico.


eu só tenho a mim dois pares de tênis um óculos de grau e umas neuroses sem sal.

haicaiu


De vez em quando hacai

 a lágrima cai



choro sem culpa.

sábado

talvez o último


Posso repetir mil vezes que gosto de você
desse seu jeito aluado.
Vago...
as vezes manso,
que me faz delirar.
Deleito no seu deleite.
amanso nos seus braços moucos
fico rouco de tanto desejo
e após anos verdejo em seu braços.

vaga emergência.


Tenho 32 dentes na alma,
rumores de desistência.
saboreio-te.

ao sabor do vento parvo...
uivo.
perto da minha saída de emergência
perco, minha diligencia de vista.
delato-me.
em um despautério quase franco
gargalho e danço.
sinto saudades nuas.


domingo

ruminação


Amarga mente que desfruto
Todo encanto que se foi.
Meia noite e meia e não durmo.
É besteira ainda querer-te.
Eu soberbo rumino ideias tortas
Ainda me vejo por dentro de você nos feriados santos
desisto...
Que venha toda malicia por dentro de outras pernas.
Que venha ternura por cima de outros ombros
Que meu bocejo surja
Porque resistir a sua desistência já tá ficando chato pra caramba.

loiras pão doce


Com toda calma
desdenho
alguma coisa nunca... 
e?
quero todas as loiras.
Sereias...
serão sempre doces.
ao menos na memória
retumbam.

apenas.


Gosto do teu nome,
do teu cheiro
do jeito que rumba.
do teu dedo anelar,
dos seus dentes tortos
do seu jeito meio torpe.
Dá tua saia plissada
da sua falta de juízo
Do seu café aguado.
Do seu sorriso amuado
Do teu espreguiçar
Do teu papo furado,
Da sua falta de trocado
Da sua falta de modo
Do seu jeito pueril,
Dos teus palavrões juvenis,
Das tuas pernas cruzadas
Das tuas canções inacabadas
Da deselegância discreta
Do teu batom no dente
Da sua carência constante

Da sua sem sem-vergonhice
etc e tal...

Mas ...
 só queria almoçar.

quarta-feira

febre

Somos adoráveis
no sentido de devoção
pura comoção quando você me curte no facebuqui.
eu choro ouvindo chico buarque duas mil vezes...

minha galhardia para ti é antepasto.
permaneço impuro em meu quarto.
Achando
me perco.
sem pecado
ou resistência.


por onde terminar esqusitices?

ouvindo samba de outras eras,
podia ser tudo quimera.
Apenas espanto.
o corpo de cristo, para mim não há.
neste dia santo os barulhos não vem da rua...
quem cre?
Salamemingue o sorvete colore me escolhi
trasmutei.
labutei na madrugada por cima de ti.
Na aurora me despi de armas me vesti e fui.
É tudo espanto,
luxuria e covardia.
Já era galhardia.
Antepasto do desamor.
Apenas desarmonia.
Sou motorneiro de ilusões ferinas.
No quintal só as moscas sobrevivem.
Suave aperto de mão
beijos não.
Gorou.
Nuves pairam em meu cerebro torpe.
vou-me me embora inutilmente
permaneço farto
É feriado e os barulhos só se escuta por dentro de mim.

sábado

vrum vrum

Ando  vulcânico,
permaneço catártico.
                                se eu 
                soubesse amar


                                talvez 


amasse





amasso-te
pelas esquinas



teu corpo perene 



somos indigentes 


 perante ao sol
 tentamos achar a sorte e descobrir o impalpável
 ( talvez sejamos índios vestidos sem pudor) de tudo?)
baratos impuros de menina e menino que calvagam vestidos com seus           adereços                   
 pelas selva urbana




                               no laço
                                         não te trarei.
                       mais um café


                                                                tomemos

vamos rir dos dividendos,


da polícia 







e sei lá
é quase carnaval...
meu corpo ruge.
você será minha porta bandeira de ocasião, mundana


parabéns à você...


vamos afogar as mágoas,
nas sopas frias deste verão 
cheio 
de chuva.
você tão curvilineá, com  seu sovaco tão curvilíneo com olhos que me 


engolem.





são dez pras sete do dia 31...
enquanto os fogos espocarem em milhares de lugares
eu dormirei o sono dos justos e  [também o  dos ladrões  afinal  todos dormem inclusive os que afanam]
 amanhã terá  mais misancene .

domingo

não sei as seis

Sou poeta,
na ponta esquerda
apaguei.
fui doce um dia.
lá as vezes não há sol...
aqui vivo na falta de soldo...
se eu soubesse que te chamam Sandra,
preferiria continuar sórdido.
beijos no pescoço...
cobrando bajulações mesquinhas
seria eu marciano?
caso fosse do interior de algum lugar.
aqui não há gratidão...
nem beijo na boca.
nem vitória precisa.
aqui os trocados são parcos
brigas são fartas.
minha carne é de porco.
o espirito é santo.
jogo aos leões todo resto de antipatia:
tenho cada vez menos, dentes.
paciencia esvaiu.
sorvete congela meu desejo.
na fotografia impuro como sobrecoxas sobre as coxas de Narinha.
quero que todas sejam minhas tietes.
ao som da flauta doce mudo de ideia conciso.
não concluo nem pago minhas dividas
preferia eu. que se chamasse, Claudia.
que fosse medeia e não medusa.
que fosse musa, e não me usasse...
que fosse mulher de classe.
e sei lá...
me aborreço, ao som do silencio clássico.
os passarinhos fazem ninhos lá em genebra.
eu continuo aqui e sozinho.
escuto as teclas que teclam de mansinho.
são meia noite eu tenho fome de desejar.
você que se chama Laila, que me traz raiva e um filme do Godard.
paro por aqui porque depois não haverá ditongos pra concluir minha comoção em forma de poesia
nunca sei se sei...
as dez pras seis.
melhor deixar pra lá...
viver casto é solução?
No marasmo tolo
 acho melhor não...


quinta-feira

sem som

Louco alado ao meu lado permaneço  mudo
contudo
temos o óbvio cansaço de arduamente carregar o mundo nas costas
boa bosta!
o belo não me aguarda...
as masmorras e os afetos tem vezes que são um só
lembro de um tango argentino as dez pras dez do dia dez.
na televisão muda, os times não marcaram o auditorio aplaude.
permaneço noturno.
cambalente e indeciso.
taciturno,
cada vez menos palavras
na minha boca
anula.
quero luz quero você farofa de dendê, carro zero quilometro
não dirijo
aqui em casa há...
goteira,
falsas conversas,
macarrão na panela.
saudades sujas.
revistas antigas...
algum  desejo
quero voar
num céu de diamante tracejar   
algum destino doce.


segunda-feira

tumtumtum

Acho que te conheço
acho que não me conheço
tudo tem um preço
caio no samba inutilmente
se resolvesse os meus problemas o nobre som da    cuíca
se trouxesse-me juízo
eu talvez fosse mais feliz
será?

delírio ocasional ou papo reto

É o nem é o não é o sim e o talvez
é o sinal o jogo a janta é a pança
o doce da moça o dinheiro da coisa
a dobra da calça a balada é a badalada a pedalada e o nocaute
é o jogador o desamor o pudor e o reme-reme

é do leme ao pontal é o bem é o mal a noticia do jornal é a falta que nos move
é o dedo da moça a manha da massa o cão de raça a falta de graça o dia que não passa 
não posso parrar
é o dar graças é não ter graças é pedir a graça é pedir de graça é perder a graça 
é o sorriso amarelo
é cara amarrada é presepada é derrocada é o ultraje a falta de tato
      já não posso
                                            deveria parar                                                   
é vender é comprar o almoço pra poder jantar
é fama é infame é mocinha é a madame é o reclame é o titulo é o derrame é sei lá
é julia é teresa é lucília é retina é o brilho é pernada é nadada é no tatame
é porrada é no corte no açoite na carne a canção
não devo parar
não posso 
é cramunhão é ilusão é pois sim é pois não
é visão é visionário é crediário é o salário do operário é a nação
é a falta é a foice é o fosso é o focinho
é destemido o estampido é florido amortecido é antemão

na contramão a contra regra no contrafluxo quem é que nega? 
há compaixão ?



é a lágrima o olho a olheira a soleira o solado o sapato furado 
o cartão atrasado 
 o feliz natal
é o filho que nasce é o time que perde e menina que desbunda 
é o pé na bunda e o boa sorte
é um riso sem norte mil milhões na mega sena é você resolvendo o meu problema e eu sofrendo pelo teu.
é o fone o mega hair a sanha a senha o sortilégio o marasmo 
o marujo o Araújo o almirante
sempre o antes e o depois o agora já é
não posso parar

as coisas são sempre as mesmas coisas
que mudam com o tempo que mudam as coisas
as coisas que tem nome
que mudam com o tempo do homem
o homem que muda com o tempo das coisas que tem nomes de coisas do homem
homem coisa que é duro na queda que é sempre a mesma queda (só muda a altura.)
o fim é sempre o coração que para a boca que seca a respiração que cessa...
seja você virando cinza ou por dentro da terra.
apesar da falta de tempo da falta de modos e educação gentileza amores brutos amores placido doneças ou não
o meu o seu e o nosso coração
deixará de bater
a única certeza que carrego com singela alegria é que um dia vou morrer
 morrerei  flamengo o resto não faço ideia
de resto continuo indeciso
se voto ou anulo se branqueio ou recapitulo

se na esquerda ou na direita ou se pulo o muro
sou cortante sou ser vivo
que dou abrigo e nego fogo e afeto
sou homem não sou objeto,
obtenho abjeções e intercedo.
não sei qual caminho do meio...
mas sigo enfim.
nunca digo amém...
sempre digo amor.
nasci despudorado
no século passado
já estou no lucro
nasci pelado
ando vestido
queria eu ser índio
pra esperar meu tempo passar de baixo da jabuticabeira
 como não sou
vivo em guerra com meus sentimentos e a  sociedade de consumo
sei lá

não sei
chama o paulinho pra explicar...
botando um fim nesta confusão verbal
sei lá e ponto final.

domingo

firula ula ula.

regue-me
carregue-me
detenha-me
vai encarar me decifrar?
vou rir
 pra não chorar
sol
não há
na Sibéria é sério nem Cibele nem sibilos
passei dos 30 
não me virei  ( ainda) 

se o charada sorri mascarado


porque não eu? 

faz frio e é verão no hemisfério no qual habito


meus olhos riem


não eu

a cadencia arrastada soa somente 
sou eu que permaneço enternecido 

 é sempre  bom gritar

agora neste momento penso em minha tia


porque será?

 é verão e faz frio no Rio de Janeiro das redes sociais e do meu umbigo
já passei dos trinta nunca mais creio :
nem em Deus ,papai noel, ou   Wanderley Luxemburgo ...
será que aqui cabe um soft palavrão?
melhor não...
vou tomar banho passear no bosque 
ver um filme cabeça 
 me mandar pra qualquer lugar 
onde meus pensamentos cessem.

quinta-feira

mulher e canções

Penso em mulheres e canções
24 horas ao dia
em tomar café e fugir pra Bagdá
onde andará a mulher rendeira ? 
estou a um passo da ribanaceira
não me largo
  nem  me iludo
piso fundo no freio
sem anseios
sigo farto
ao desacato tolo
com  sabor de compaixão
onde andará o incrível Hulk?
Ali defronte o letreiro 
                                           pisca
seguindo as neuroses a risca
fevereiro nunca  chega
não sambo
não bebo suco
não quero muito
pouco também não
rio aloprado com sabor do que já era
primavera já era
sem planos voo cego
intempestivo 
abraço sem risco
de me tornar
quisto
pra acabar com o tédio sei que o único remédio é tomar banho de sol

terça-feira

perto

Vamos fazer um filme
falar mau dos outros
não bebo moet chandon
não confio em você
permaneço no bem bom
mesmo que taciturno
as favas com as uvas
seu beijo não me interessa
pode vir quente que permaneço nulo
no delírio de um rock quântico salvei- me
deixemos de ser ingratos
não cuspamos nos pratos
levante as mãos bem alto
lave-as ou não
não quero caixão
serei cinza mas por hoje não
sem perdão nem poréns
sigo bem sendo eu de verdade
olhei no espelho gostei do que vi
transmutei é verdade
sorrisos e palmas
causas perdida não mais
alegria voraz
nesta quarta bate a porta
a vida chama pra dançar
mesmo que viver seja difícil
bailo  

domingo

zum zum zum zazueira

Volta e meia
volta
sentimento que passou
volta e meia 
volta
pessoas que se foram
volta e meia 
volta
hábitos que cessaram
este domingo que poderia ser fantástico
se não fosse a memória febril que me torna a você
segunda vem e congela
fica presente tua pessoa
queria ser teu ainda...
  e agora?
não mais...
  talvez
                           nunca
sobre vivo como Peter pan
chamam-me de Ivan
seria bom amanhã 
                         não chover
seria bom 

você ligar
botar os pingos nos is
chamam-me  Ivan
seria bom amanhã não chover
seria bom te esquecer
então?
a coca-cola está gelada
as emoções
nem tanto.

como é  triste o fim de um beatle.


quarta-feira

aquela velha vaca vacilou

Do lado esquerdo do peito
nunca.
 saudades...
revendo
sentimentos
sigo
são.
 se tanto...
sou menos que um
igual a já não sei
salvo, tento seguir
mil demandas
não me restam
das lidas de ontem
nunca 
lidas
restam impunes feridas expostas 
 mínguas 
soberbo
faltei-me 

beijos

fui-me
as flores rugiam
olhos
e
brilhos
hoje só um reggae transmuta
sentimentos
doídos
 vou-me
taciturno
já vou  tarde
minhas velhas vestes
permanecem impunes
permaneço impuro
abraço-me
meio dia e dez
hoje só um punk rock e chá das seis 
pra acalmar minh'alma

 toadas não ecoarão fúnebres no meu peito 
                                                                             vão
voo  imune  as faltas de trocados, e amores

aquela velha vaca vacilou!
já é tarde...
foi pro brejo...
insano.
permaneço,
restou  a lágrima e a falta .

sábado

de tudo um muito

Tomo coca cola
arroto absorto
ao meio dia te vi
lindamente lúdica
lúdica e louca te vi 
ao meio dia
arroto absorto
absorvo todo caos que é te ver
você era tão somente uma judia rouca 
que fez do meu coração um pêndulo
queria  mais
não só fatias
queria risos
e não pedaços
ao meio dia arroto absorto
sou capitão gancho
chame o reboque raquel porque teu sorriso me enguiçou ao meio dia
queria ancas
queria danças
queria as tranças
arroto absorto
não me absolvo
será o fim?

os amigos dos amigos

SÉQUITO