Delírio trêmulo de madrugada sem sal
ao som de Tim reverbera-se todo amanhã
sigo pastando nos corações
mordendo os lábios querendo festa
pelas frestas não enxergo
te venero além de tudo
rumino ao som da vitória que rege meus sentimentos impuros
cá estou em cima do muro
cortante
caretas inóspitas do início do outono
permaneço atonal
nem ligo se tudo acaba no fim da faixa
se nada mais tem graça
sem sal sem sono ao som de Tim prossigo sem dona
sonhado com a polônia e os quitutes de maria
sonhado com a polônia e os quitutes de maria
já era madrugada
meu coração
não derrete
não derrete
pra que ser tão racional todos os dias pares?
Me dissipei ao léu com sabor de coca-cola sem gás
nem pras gerais irei ( ver mineira alguma )
no outono permaneço atônito entre farpas e flocos de sol
haja clavas pra derrubar tanta amargura
a manhã se inicia com graves e agudos
eterno retorno
o ti ti ti de Tim ecoa pelos nossos corações impuros que são só um
vou verdejar se te chamo e nem liga
deixo pra lá quem sabe um dia
deixo pra lá quem sabe um dia
o telefone não toca não marque toca
deixe o sol entrar
deixe o sol entrar
ocasião da o tom e se confunde
desligo
desligo
ao som de Tim vou em busca de um lugar neste trópico cafuzo
trôpego e confuso sinto-me grato
eu grito quando eu quero
me calo se convir no fim de tudo fecham-se as pálpebras
é terno retorno
é terno retorno
somente em pensamentos digo amém