sexta-feira

fiu fiu

Vontade dá e
passas
em rumo
vou fundo
sem passos apressados
sigo manso olhando as vistas e as moças
ferozmente mando beijinhos
sou super-homem de mim mesmo
não sigo para o alto
sigo placas
não dou bobeira
não levo rasteira
sapatinho de cristal
bobagem
sei lá
contemos até 5 pra acalmar
na barca meu destino é Paquetá
meu vô mora em Nikiti
já me apaixonei mais de dez vezes hoje
cismo
cismo
cismo
não me abalo
escolhe a balinha chiclete
sigo sonoro atento aos sinais
saída para qualquer parte
olha o mate limão aí
o revolver invisível é apontado
parece incrível
tolo como bolo de cenoura
embarco em sonhos criveis
quero prêmios
louras morenas negras beijos abraços
e sossego
vou me embora pra Paquetá ninguém me conhece por lá ficarei  numa boa na praia da moreninha

vaias vivas

Existem mil poemas em meu quarto
muitas cobranças de fato

meu irmão quando nasceu ainda existia discos de acetato


cedo com alguma sede e encanto
há desejos e esperanças enfim


me cobro sem cobres 
me cobrem com certezas 
                                                  nas incertezas
                                                                                      inglório




dentro do meu mundo vagueio
nunca escuto a campainha que demanda o termino do recreio
voo cego
alguns delírios, pequenos delitos, vários deleites
o melhor e o pior de mim sempre virá
forço-me
acato-me
acabrunho-me
já passamos de junho
de camisa cor de rosa sorrio 
apesar de tanta nebulosa
no meu quarto além de cobranças e poemas
resisto
nem tão estonteante ou estóico permaneço caótico sorrio de camisa cor de rosa 
    já passamos de junho
é fato
todos são um mero retrato de quem fui e já sou
caboclo dos anos 2000 que tento me achar no tempo e espaço tacanho de camisa rosa sorrio.
está manhã pensei em escrever um poema...
cá estou
cá está
no meu quarto existem mil dilemas
livros na estante jornais de ontens virulência e pornografia
existe calma e mais de mil poemas
falo muitos palavrões 
 de junho já passamos
me calo ao som das teclas
tic tac   sigo sólido
solidão convem
de julho passamos
não há gostos cheiros
as traças consomem meu sono
anti heroico sigo mudo
resisto sigo nulo
apesar de tanta nebulosa
cá estou vivo
na estante
aniquilo
todo pesar através de fantasias de outrem
lembranças de todas as meninas
do caos emerge harmonia
será que inda resta alguma simpatia? 
                                                                                                                  (Mesmo que por telepatia?  
Está manhã pensei em escrever um poema
cá está
cá estou
o que resta é um rock vadio
no estio permaneço vazio
cá estou
no arrepio
presepando no intuito me mando
vou ver um filme  do Godard 
me lembrar de contas a pagar
 sei lá
será que o fim é sempre mero começo?

os amigos dos amigos

SÉQUITO