Eu preciso de amor
não
do teu
que os todos os hóspedes que habitam meu coração sejam um
que não você
vou beber água
trazer à tona toda mágoa
mas não você neste solstício de junho
quero sonhar acordada com tudo aquilo que já foi
não pretendo alugar meus sonhos pra ti
nem meu corpo nem as lágrimas
não terá minha calma minha ira ou meu corpo
não haverá coito nem biscoitos na cinelândia
não farei de você meu filho
não baterei um fio
não pensarei em você ( agora eu penso e esse peso me traz ira)
quero sambar mesmo não gostando de samba quero amar mesmo não tendo amor
neste solstício de junho espero profundamente que um destes hospedes que habitam meu coração
apanhe a chave novamente e suba os degraus lentamente
deite calmamente em minha cama por hoje somente me faça puta mãe e filha
eu adoraria que fosse você mas da boca pra fora digo não ( vai entender)
sou tola de sagaz inteligencia li a torá e o alcorão li jorge amado acreditei em deus e no cramunhão
queria doar a você meu corpo e uma caminhão de carinhos
você é o homem errado porque posso gostar de você totalmente livre
a liberdade me interessa só como enfeite
por isso não apanhe as chaves
não há vagas pra você
poderia dar-te meus beijos poderia dar-te abraços poderia
sei que você é o cara
não o meu
es inóspito não me dará tanto trabalho não será filho não precisa de peito nem compaixão
como lembrança deixo minhas neuras minha fala mansa minha conversa bacana
espero algum dia lhe encontrar em qualquer lugar só pra sorrir e dar tchau de longe
sou a gaivota que mergulhou pra apanhar o peixe ensaboado que pulou pro lado e fugiu sorrateiro
você é amigo e pode mais eu só gosto do fel
não me acostumei com o mel gosto do mau mesmo vivendo na luz
sei que tudo é tenebroso nem estamos no mês de agosto se não nos vermos lhe telefono no dia dos pais.
Espero que fique em paz
desculpe se lhe atordoei
com esse meu jeito
marotamente louco
minha calma falseada
meus olhos de Capitu
pegue está nevoa faça um blues ou poesia
estou de partida
ainda não sei pra onde
ando sempre partida
partindo corações fraternos
vivendo num inferno constante
quero ser filha puta e amante
mas não sua
ciao meu amor de ontem
vou virar passarinho debandar devagar pelas bandas de lá
risque meu nome do caderno não gosto de paz só de inferno e você busca calmaria
desculpa qualquer confusão que criei
você é o cara eu bem sei
mas sei lá
quero águas turvas correr pela corredeiras desaguar pelas ribanceiras
tua placidez não me comove
permito que mais pra frente me chame pra ver um filme do godard
já falei de mais por estás linhas confusas
vou andando por ai pra não me achar
para Carmen Astrid em memória dos meus sentimentos
infelizmente perdemos muito tempo.