terça-feira

qual é a transa?

Balançamos o sistema
Mesmo contribuindo com a renda
Nos rendemos numa quarta feira
Apenas com o dilema de olhos nos olhos
Queria eu poder largar tudo adentrar no teu mundo ir bem fundo
Inteiro e completo
Mas continua com um pé atrás mesmo alisando minha nuca beijando minha boca alisando minha coxa
Não pensa em mim na hora que seduz e pergunta pelo fogo
Meu pau duro não reclama das tuas loucuras

domingo

marulhada

Sou artista no estio
No tempo verbal encolhido
Como pão dormido
Duro nos amplos sentidos dos adjetivos
Artista sem aditivos
Genuíno por vezes ingênuo
Naif e cruel
Sou Do rio de janeiro
Metade e inteiro

Fifty fifty

Assobio e chupo cana um dia chego lá
Chegarei?
Um dia quem sabe

Talvez chova ou escalde o sol
Queimo a mufa por ser artista

Por Vezes autista finjo não estar presente
Marulho no marasmo insano
Por baixo dos panos
Deixei pra lá a simpatia e a glória de ser e estar
Quero ser mito nas mentiras desta terra inóspita
Anti-herói das meninas da praia

Ser artista dói na alma
Dela carrego as agruras
Fomento minhas iras delírios e paranóias
Corro ao vento num marasmo perverso
Sou artista antipasto do tempo
O pato da canção do João o chão de estrelas o riso e a faca e sono chega evoé jovens à vista



latitude

Minha cabeça não para
Ao som do Pará
A fumaça branca abranda
Será?
Suco de manga e pensamentos vadios
Devaneios dominicais
Continuo no estio
O som de recife alguns acepipes
Lembranças saborosas de dias gloriosos
É domingo no meu coração


morou no mormaço amor?



Morou no mormaço amor?
Faz um puta calor com sotaque paulistano

Sem visão de raios-X imagino por baixo dos teus panos

Concordo não reclamo

Ando taxativo pensativo e desdenhoso
Sem firula com frio na medula, apesar, de na fronte gotas de suor
Você poderia ser uma mulher normal, que experimenta vestidos
porém   experimenta livros
Batemos pernas incessantemente nos sebos atrás do antropólogo inglês fora de catálogo
Concordo


Sou um tropicalista atenuante mesmo não pensando nisso


Uma vez você me disse

Tenho memória de elefante        até pareço um paquiderme
Faz mais ou menos três meses
Se tivesse dinheiro eu comprava um fusca ou te levava pra conhecer minha mãe em Maranguape
Meus trocados não andam fartos

Fazer o que meu bem?

Continuamos no vai e vem de livros e que tais

Conversas astrais de planos e contra planos dos deuses e dos insanos e falamos de nós


Eu cozinho você lava às vezes cerze, um papo furado sem fim

aquele chá de jasmim que nos veio de longe 





 escrevo poemas incoerentes fiscalizando a natureza e você babando meu ovo
 não babo os seus nem puxo seu saco porque não há 


 Adulo-te de forma suspeita você finge que não



quinta-feira

ligeiro


Samba, filé com fritas...
Contradições carnavalescas
Sabores  de mundo

Um frio na medula
Coisa nula

Sigo por ai
Passeando

No antepasto

Borogodós maneiros


Sigo ligeiro
Quase vôo

Mentindo com força
Munido de meias verdades

sábado

bocejo

Mordaz feroz e ferino
 Com equívocos aos borbotões

Desespero
Desperto

Com malicia

Ajuda nula
E o sol desabrocha
desemboco
Mais um dia de vida ávida
Inútil?
        Hein?

Rio desmedido
De janeiro
Podendo ser junho março ou dezembro
Não entendo
Não me atendo
 Soa um som calmo


Porque?
Caçôo


verso
diverso

É o que resta?

É tudo tão perplexo porque somente acabei de acordar

sexta-feira

au au

Darei um tempo de tudo
Não do mundo
Permanecerei mudo

Se me faz de eunuco

Porque tanta sofreguidão?
Quero mais que pão e circo
Sorrisos e carinhos na face
Se pedir pra mamar em seus peitinhos com carinho
Deixas?

Não quero todo amor dessa vida nem curar feridas
Mas um abraço nu

Pode ser?

Quero ser cachorro de estimação
Poodle de ocasião 
me leva pra passear?
Clamo meu lugar

Alugo seu coração por um tempo 
habito 
deixo tudo nos conformes, quando resolver me mandar...

aviso

Pense com carinho nega e se quiser meu telefone já tens tente a sorte

Pode ligar a cobrar se credito existir
atendo
Se não sei lá


terça feira magra

Os punks parolam em uma tarde doce e cinzenta


Resguardo-me  desmedido


Colossal e feroz perambulo


Meu pâncreas e minha turva visão

A moça boa do caixa

Um café de amargar

Amplo, sigo.

Sem odores e tecla sap
Sigo mudo

Não existem comercias cabíveis (neste momento não há)

Sorrio crível
Lixo-me

Duas badaladas
                                apenas


É terça feira duas da tarde na avenida central


Comovido levo-me pra passear


pairo  ambíguo sem delitos

Para que reter tanta emoção

São tantas

São apenas duas da tarde na avenida central 
nesta  cidade carioca

Esboço uma boçalidade ocasional 

Sorrio esguio me lanço confuso

Perfuro sinas com  mero esmero e detenho-me perante uma musa sem nome

ergo um troféu imaginário a sua bela bunda
(Queria eu ter o dom de fazer elegias)


Qualifico sem escrúpulos


Sorrio emancipado



Sigo vasto e vaticínio

                        



por lá por fora

Pilheria
Pasmacenta
De um dia de 2022
E o mundo não se acabou
Estou velho
Cansado
Esse é o futuro
Visto da bola de cristal do parque de diversões do filme americano
Será?
Nada existe alem do aqui e agora
Corra
Corra
Seja grato
Consuma o macarrão da Itália
A genitália da praça da bandeira é mais em conta
Fora de brincadeira
Num dos quartos me meti
Confuso
Corre
Daqui e de lá
Um cheiro de urina
Feito jasmim
É o aroma da minha cidade oca
Não nasci na oca
Mando na taba
Desleixo os tabus
Corro pra pegar o ultimo metrô
Se não?
Faz-me rir
Todo inútil que me sinto
Mês do desgosto faltando menos de 4 anos para a copa
Esqueço de comprar fósforos
Permaneço estático no escuro borbulhando
Há um vazio doido
Esqueça de tudo e me consuma de forma farta ok?



sem

sem desconforto
amoroso
momentâneo
 o que eu quero?
o mundo se transforma
e eu?
transtorno-me 

devagar surjo 
incoerente e inerte
no jornal mortes e querelas 
banalidades cotidianas 
e eu?
sorvo  ao extremo fútil


não choro e não corro

toda simpatia esvaiu em demandas torpes
ocasião feroz


tudo anda morno
requento

acabou o requinte
sinusite dor de cabeça um palavrão tremendo


lira sinuosa vespertina
é pra rir não?

talvez eu surja no século 22 travestido  de super Herói
ai de mim e dos meu botões cansados de tanto lero lero 


deixa pra depois


o acaso não haverá


jamais 



terça-feira

suprasumo

Sim meu bem sou brega
Bem tosco

Um horror!


E você ainda escuta o que eu tenho a dizer?

Que coisa boa ...

segunda-feira

PRO CHET

 Quatro da matina
E eu
Jazz

Estático

Com fumaça moderna
Calo-me
I have Chet


E o que mais?
A fantasia se esvai



                           Não há
                                    [só danço samba...]

 Deixo pra lá
  Fanfarras e fantasias
 jazo
Perene e rouco
Livro-mo  aos bocados
Escutemos
Tempo de inverno
Nos Veremos em profusão num janeiro próximo
Creio e espero




Deságuo luminoso
  
trompete  e    topete 
                    esperneiam

laláiálaia

                        encanto
                                
                  e 
                                     
                                                                   fujo     
                                                 
                                                          
                                                                               
           
                                                                            














  

os amigos dos amigos

SÉQUITO