domingo

caô

Foi um kaô caótico que joguei 
                                                                 neurótico 
                                 pra cima de tu

Rio sozinho me lembrando da pasmaceira hedionda da quarta feira de lida frouxa
As mazelas soam sórdidas
Destempero e gargalho
Tudo tão farto
Faltam-me fósforos e o acaso
Sobram-me cigarros e gracejos
Deliro sorrateiro e saltitante me sentindo um saltimbanco na nossa senhora de Copacabana
já é tarde tudo anda morno e o sol se esconde ali alem
A morena me atordoa causando calafrios

quarta-feira

Procuro uma moça:
Moça esta linda e lúdica
Nem somente linda nem tão pouco lúdica
Mas não pode ser mesmo é um tanto quanto pudica

terça-feira

Queria estar numa boa
Sobrevoo
São dez e quinze da manhã
e caminho sonolento pro otorrinolaringologista
Tudo melhora de repente
Escuto Beatles na janela alheia
Lembranças hippies e rítmicas de mim
Nem lembro ao certo qual dia
Qualquer um desse de vários, desvarios
Lembranças tolas de um tolo de uma manhã qualquer e cheia de sono

segunda-feira

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na base do susto








Do cérebro construo fantasia
Consumo junto com cream cracker e cafeína
Queria uma menina, mais um tênis
Sim eu não tenho vergonha nem dinheiro
Minha mãe mandou escolher esse daqui não escolhi quebrei a cara
Naufraguei no seco
Tombei
Escuto sons inerentes escarro pela manhã todo mal que fumei na noite passada
É  tudo tão pesado da rabada ao rock
Onde andará o lobo mal?
Dizem que casou e mora em Vaz lobo
É tudo tão incongruente
O super homem virou funcionário publico e casou com uma professora normalista
Onde iremos parar?
Em Madureira? ou com angustias existências desmedidas?
Fico velho sem dinheiro, mas com tremendas  fabulas pra contar
Enquanto aguardo a minha hora na fila do SUS lembro-me do golaço do atacante da febre e da foda de ontem e soa tudo tão casto

NO PUNDONOR

Sobre o afeto existem coisas
Sobre as palavras talvez alguns sabores
Sobre os indivíduos talvez amores
Contudo sem afeto ou poesia existe algo que não sei explicar
A dureza de existir sem excessos e caber em algum sentindo
É duro ter algum sentindo
Você preferiria ser a martinalia ou o Martinho da vila?
O que difere alem da vila e da genitália?
A falta de pudor entre nós três TEM um sentindo ilógico 
Os restos da demandas viraram néctar
Os incômodos viraram dividas
A pátria virou latrina
E a menina me deu um bolo
E eu rio sozinho vendo um filme pastelão
A vida bem que podia ser um conto de fadas
Ou se não uma pornochanchada retórica
A menina não veio
O país nunca será
A chuva cai
Moça me da meia
E eu coço o saco traçando uma pipoca mista
Meu desejo virou nove horas minha magoa abriu um sorriso e dela nasceu um arco Iris
E você não tem mais o que fazer?
Como é duro ser humano no século 21
Dose pra leão
E a ciência absorve o inexato
Concatenando qualquer fato
Distraio-me vendo o fantástico
É tudo tão fabuloso
Até questões cotidianas
E deus criou a mulher
Nós criamos grilos
E tudo se fundiu
Já se descobre a cura
Mas no meu coração
O amor alado inda não galgou
Perdi o bonde...
o fio da meada
restou-me a presepada
Desbunde  frívolo
Tento reconstruir-me 
Com tento
Deus me deu beleza
E o resto é folclore
Fatias fúteis de um ser tão ignóbil
Eu
Por um triz me safei
Emergi
E o resto é parola
Na magoa ficou uma ligeira marola
Bandeei com louvor
Ai de mim lírico louco que meti bronca sem ao menos ter tostões
E ria com escárnio do que doía fingia que  não 


Hoje de tantas bravatas restaram lembranças
De tempos doidamente acéfalos

os amigos dos amigos

SÉQUITO