segunda-feira

sã folia

Meio tudo quase nada

Meia noite dilacero

Em desespero


Socorro e bocejo


Aos sabores de um beijo
Me perdi

Enevoou


Decapitei

Quem serei eu?


Totalmente ambíguo em busca de abrigo quando quero

Corro
Árduas manhas matutinas

Só lembro do cheiro do nome não

Não sei da hora e que dia hoje
Imaginava como seria


Perdi por teimosia
Não credito desacredito perco de vista
Descalço as neuras na madruga funesta

Na festa danço
Seu sorriso que me engole me repatria

Sou são na folia
Seu não


E podia?
  




  in memoriam dos meus sentimentos 

domingo

perdido e

Barba por fazer
Esmolas para dar
Faltam lágrimas

Amores e riscos

Doei meus discos


Nunca cri em cristo

Nem em você

Anulei os pesares
Sorri pro mundo
Fui fundo

Não creio nos pecados
Não creio em pudores
Não creio no credo e nos credores

Falta amores e simpatia
Falta tomar banho e vergonha


Os rumores de que sou louco são todos

In Certos
Ao som do silencio fumo um charuto cubano e danço samba


São quatro e 33 da matina


sonhos

Antes presépio que presepada

Escalada endividada de querelas natalinas
Se Jesus morreu na cruz porque não você?


Às mazelas digo amem
Sem coordenadas precisas sigo retumbante no caos
Batom e naftalina
Arvores e presentinhos fúteis
Saborosa ingratidão
Pão mortadela e êxito


Sem nexo sexo ou castanha do Pará
Stop play tudo tão irrisório
Na ânsia compulsiva
Feliz natal
Se pudermos arcar com a felicidade
De arco flecha e serpentina permaneço taciturno e rouco
A espera do carnaval

Onde alegria é geral
Vamos à cadência sem pensamentos felizes
Na festa afoita no afã

Até amanhã de manhã

Manhã saborosa manhã

sem guia

Mefisto bem quisto chupando picolé de graviola
Maré mansa


Abnegando na maciota

Sortilégio e inadequações

Fartura não há

Queixas e lágrimas
Chicote, rock e sou.

Beijo amargo
Sessão da tarde
Arde a retina

olho  vermelho

plim 
plim

Na tele
                   visão

há morosidade 
                       inútil

os amigos dos amigos

SÉQUITO